Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Corte-Real, Vasco Anes

 [N. ?, c. 1450 ? m. ?, c. 1538] Segundo capitão-do-donatário de Angra e ilha de S. Jorge. Foi vedor da Fazenda Real, cargo que já ocupava em 1497, e do conselho de D. Manuel, pelo menos desde 1518. Combateu em Marrocos prestando relevantes serviços entre eles cativando, em 1495, um chefe mouro, Ali Barraxo. Sucedeu a seu pai, João Vaz Corte-Real, como filho primogénito, nas capitanias de Angra e da ilha de S. Jorge, em que foi confirmado por carta de 2.7.1497. Recebeu muitas outras mercês, nomeadamente a doação de tudo o que seus irmãos Gaspar *Corte-Real e Miguel *Corte-Real tinham descoberto e para que ele próprio tinha concorrido com sua fazenda. Foi a ele, aliás, que D. Manuel proibiu que saísse em demanda dos irmãos desaparecidos nas viagens de 1500 a 1502 e dados oficialmente por perdidos. Teve o monopólio da venda do sal da ilha Terceira, em 1500, e o rei ainda lhe doou a propriedade dos ofícios da ilha da Graça, que mandara descobrir, mas não achou, o que quer dizer que continuou os esforços de descobrimentos por sua família. Ver Corte-Real. G. Reis Leite (2002)

Bibl. Canto, E. (1981), Os Corte Reais. Memória Histórica. Arquivo dos Açores, (2), IV: 401. Frutuoso, G. (1963), Livro Sexto das Saudades da Terra. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada: 78.