[N. Angra, 26.3.1801 ? m. Ibid., 7.5.1865] Morgado, foi adepto do liberalismo e defensor da causa de D. Maria II, sendo condecorado com a medalha nº 7 das Campanhas da Liberdade. Fidalgo cavaleiro da Casa Real, por alvará de 22.3.1825, e comendador da Ordem de Cristo.
Em 1828 foi vogal do Conselho Militar de Justiça, criado em Angra pelas autoridades cartistas e em 1847 foi coronel comandante do Batalhão Nacional, por postura da Junta Governativa então estabelecida pelos revolucionários. Foi director interino da alfândega de Angra do Heroísmo, em 1856, e manteve uma acesa polémica com os jornais sobre a situação da delegação da alfândega de Praia da Vitória, acusando-a de contrabando e tomando medidas para a fechar. Sobre o assunto escreveu uma defesa que é hoje uma fonte inestimável para a história das alfândegas na Terceira. J. G. Reis Leite (Mar.2001)
Obra (1859), Justificando-se perante a opinião publica das falsas arguições que lhe foram dirigidas pelos jornais desta ilha Angrense e Terceira. Angra do Heroísmo, Tip. M. J. P. Leal.
Bibl. Drumond, F. F. (1981), Anais da Ilha Terceira. 2ª ed., Angra do Heroísmo, Secretaria Regional de Educação e Cultura, IV: 144 e segs. Soares, E. C. C. A. (1944), Nobiliário da Ilha Terceira. 2ª ed., Porto, Liv. Fernando Machado, II: 76.