Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Corte-Real, Alexandre Martins Pamplona

 [N. Angra, 4.11.1768 ? m. Ibid., 18.1.1856] Os três irmãos Pamplonas, Manuel, Alexandre e Jerónimo, os dois primeiros liberais e o terceiro realista, foram figuras proeminentes dos agitados dias do constitucionalismo em Angra da década de 1820. Alexandre foi, porém, aquele que mais se distinguiu, até por ter abraçado a causa vencedora e ter vivido longos anos. Sucedeu, por falta de descendência do seu irmão Manuel, nos vínculos familiares. Membro da Câmara Municipal, em 1820, jurou a Constituição e em 1823 era o juiz ordinário da mesma Câmara, tendo nessa data contribuído decisivamente para moderar a perseguição aos liberais momentaneamente derrotados. Foi liberal moderado e apoiante do irmão Manuel, como ministro de D. João VI, depois da Vilafrancada. Aquando da revolta de 22 de Junho de 1828, que aclamou D. Maria II, na cidade, foi o primeiro a assinar o auto de aclamação e foi chamado, quando se formou a Junta Governativa, em 6.10.1828, que sustentava os direitos da rainha, para fazer parte da mesma, sendo nomeado encarregado dos negócios do Interior e Fazenda, lugar que manteve até à dissolução da mesma em 1829. Exerceu ainda cargos na Junta Geral e no Conselho de Distrito. Por decreto de 23.7.1829, foi nomeado, em paga dos serviços, conselheiro. Em 1847 voltou a ser membro de outra junta governativa, formada na ilha Terceira na sequência da guerra civil contra os Cabrais.

Era fidalgo da Casa Real por alvará de 12.6.1821 e comendador da Ordem de Cristo, por decreto de 12.1.1837. J. G. Reis Leite (Fev.2001)

Bibl. O Angrense (1856), Necrologia. Angra do Heroísmo, 24 de Janeiro. Merelim, P. (1996), Açorianos Ministros de Estado. Angra do Heroísmo, ed. do autor: 20.