Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Castro, Luís Meireles do Canto e

 [N. Angra do Heroísmo, 16.5.1785 ? m. Ibid., 23.3.1854] Foi fidalgo cavaleiro da Casa Real (1818), cavaleiro da Ordem da Conceição, vereador do Senado de Angra, capitão-de-ordenança de cavalo (1817) e membro destacado da aristocracia angrense. Realista convicto, defendeu sempre os direitos absolutistas de D. João VI, sendo membro do governo provisório que se estabeleceu em Angra em 1823, na sequência da queda do primeiro constitucionalismo. Quando mudou a orientação política e se deu a revolta de Caçadores 5, que restabeleceu a Carta Constitucional, em 1828, foi exilado pelo novo governo então instaurado, estabelecendo-se em Paris, onde educou os filhos. Regressado à Terceira, com o acalmar da situação, em 1840, dedicou-se à administração da casa, cujos bens lhe haviam sido restituídos.

Publicou em Paris uma importante e interessante memória, dedicada aos deputados eleitos pelo círculo da Província Ocidental, com capital em Angra, quando da consolidação do novo regime liberal cartista, que é justamente considerado uma primeira fonte para o pensamento político e para a história das ilhas. J. G. Reis Leite (Mar.2001)

Obras (1834), Memoria sobre as Ilhas dos Açores e Principalmente sobre a Terceira, Considerando a Educação da Mocidade, a Agricultura, o Comercio, a Administração da Fazenda Publica e o Governo Municipal. Paris, Mme. Huzard. (1848), Observações Economicas Sobre o Melhoramento do Trigo na Ilha Terceira, e Mais Alguns Artigos Correlativos a Ella. Angra do Heroísmo, Imp. do Governo.

 

Bibl. Silva, I. F. (1973), Diccionario Bibliographico Portuguez. 2ª ed., Lisboa, Imp. Nacional, V: 305, XVI: 49 [?Dicionário de Inocêncio?]. Soares, E. C. C. A. (1944), Nobiliário da Ilha Terceira. 2ª ed., Porto, Liv. Fernando Machado, II: 111.