[N. S. Mateus, ilha Terceira, 13.7.1823 ? m. Lisboa, 3.3.1898] Devido ao exílio forçado de seu pai, Luís Meireles de Canto e *Castro, foi educado em Paris, demonstrando desde muito jovem uma grande aptidão para as letras. Regressou a Angra com a família cerca de 1840 e aí ingressou na política regeneradora, sendo um dos fundadores do jornal A Terceira, órgão do Partido Regenerador, que dirigiu de 1859 a 1882, ano em que saíu de Angra para Lisboa.
Na sua ilha foi procurador à Junta Geral, secretário da Misericórdia, da Associação Comercial, Sociedade Agrícola, vice-cônsul de França e tesoureiro da alfândega. Em Lisboa seguiu uma carreira administrativa no Ministério das Obras Públicas, mas não abandonou o jornalismo. Foi correspondente do Independência Belga, de várias folhas parisienses e dirigiu a Opinião Popular.
Como escritor escreveu uma biografia do marquês de *Ávila e Bolama e outra do marquês de Sá da Bandeira. Colaborou, ainda, no Dicionário Larousse.
Era comendador da Ordem de Cristo e de várias ordens estrangeiras, cavaleiro da Casa Real (alvará de 30.5.1875) e sócio do Instituto de Coimbra e da Sociedade de Geografia de Lisboa. J. G. Reis Leite (Mar.2001)
Obras (1871), Quelques Môts Sur S. Exc. le Marquis d?Avila et de Bolama. Lisboa. (1876), O Marques de Sá da Bandeira, Biografia Fiel e Minuciosa do Illustre Finado. Lisboa.
Bibl. Mesquita, A. (1896), André Meyrelles do Canto e Castro. A União, Angra do Heroísmo, 156, 14 de Junho. Soares, E. C. C. A. (1944), Nobiliário da Ilha Terceira. 2ª ed., Porto, Liv. Fernando Machado, II: 114.