[N. Fontinhas, ilha Terceira, 23.08.1864- m. Angra do Heroísmo, 05.03.1938] Governador civil. Autodidacta que, apesar de possuir apenas o ensino primário, ocupou vários cargos de destaque na vida política local. Começou muito jovem a sua ligação ao Partido Progressista, pois aos 14 anos já lia, para o povo da freguesia, o jornal Angrense, órgão daquele partido. A sua carreira política iniciou-se em 1887, integrando a comissão administrativa da Câmara Municipal da Praia, tornando-se seu presidente entre 1889-92. A partir de então ocupou vários cargos e funções, alguns deles em acumulação: advogado provisório, na Praia (1890) e em Angra (1909 até à sua morte); secretário da Câmara da Praia (1895-1905); administrador do concelho da Praia (1897); subdelegado da comarca da Praia (1906-1910); secretário da Polícia de Emigração Clandestina (1910); juiz auditor interino do distrito (1911); funcionário da Junta Geral de Angra, a partir de 1912, atingindo o posto de chefe de secretaria; Governador Civil por duas vezes, durante a presidência de António José de Almeida (de 18.02.1919 a 04.07.1919 e de 06.08.1920 a 06.06.1921); procurador à Junta Geral, representando a Câmara da Praia, e presidente da Comissão distrital da União Nacional. Colaborou nos jornais Angrense, Heroísmo e Voz do Povo. Carlos Enes (Fev.2001)
Bibl. Belo, R. (1939), Almanaque Açores. Angra do Heroísmo, Liv. Editora Andrade, pp. 69-73.