[N. ?, 12.10.1843 ? m. ?, 18.4.1923] De uma distinta família de políticos liberais era filho de Aires de Sá Nogueira de Figueiredo, irmão do marquês de Sá da Bandeira. Foi fidalgo da Casa Real e seguiu uma carreira na administração pública, nomeadamente a Secretaria do Conselho Geral de Obras Públicas e Minas. Foi nomeado governador civil de três distritos: de Portalegre (25 de Julho de 1889 a 13 de Janeiro de 1890), de Angra do Heroísmo (8 de Janeiro de 1891 a 9 de Março de 1893) e do de Évora (de 13 de Abril de 1899 a 29 de Junho de 1900).
O seu mandato de governador civil de Angra do Heroísmo coincidiu com o governo apartidário do general João Crisóstomo de Sousa e com um período agitado da propaganda do primeiro movimento autonomista. Contudo Henrique de Sá Nogueira era um homem próximo dos progressistas aos quais pretendia agradar e de quem recebia conselhos, como se constata pelas cartas políticas do seu amigo Eduardo Abreu ao chefe dos progressistas angrenses, Visconde de Nossa Senhora das Mercês.
Foi ainda deputado eleito pelo círculo de Portalegre para a legislatura de 1887-1889. J. G. Reis Leite
Bibl. Forjaz, J. P. (1985), Cartas políticas de Eduardo Abreu para o Visconde das Mercês (1890-1893). Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, XLIII, 2: 803-1818. Leite, J. G. R. (1995), Política e administração nos Açores de 1890 a 1910. O primeiro movimento autonomista. Ponta Delgada, Jornal de Cultura: 35-39. Mónica, M. F. (coord.) (2006), Dicionário Biográfico Parlamentar. Lisboa, Assembleia da República, III: 988-989.