[N. Ponta Delgada, 21.9.1838 ? m. Lisboa, 27.10.1909] Seu pai, o capitão de artilharia Francisco Gomes Ramos da Silveira Coutinho era descendente de uma família faialense, tendo casado em S. Miguel com D. Ana Ramos Ferraz.
Assentou praça como voluntário no Regimento de Cavalaria de Lanceiros da Rainha, a 11 de Agosto de 1855 passou a alferes graduado no ano seguinte e matriculou-se na Escola Politécnica, em 1856, e na Escola do Exército, em 1862. Terminado o curso de Artilharia foi sucessivamente promovido a tenente, em 1862; primeiro-tenente, em 1863; capitão, em 1867; major, em 1883; tenente-coronel, em 1886; coronel, em 1890; general de brigada, em 1897 e general de divisão, em 1903, passando à reserva por limite de idade, em 1908.
Como capitão serviu no Regimento de Artilharia 3 (1867) e como tenente-coronel foi director da Fábrica da Pólvora. No posto de coronel comandou a Artilharia 1, foi inspector do material de guerra e chefe do Estado Maior da sua arma, em 1896. Quando foi promovido a general de brigada, em 1897, foi de seguida, por despacho de 21 de Janeiro desse ano, nomeado governador do Castelo de S. João Baptista de Angra e, segundo a lei, governador militar dos Açores. Tomou posse do cargo em Angra a 11 de Fevereiro e quase de imediato foi nomeado comandante da Escola do Exército o que o levou a sair da cidade a 17 desse mês. O governo do castelo e o comando militar dos Açores continuaram a ser cargos indesejados para os oficiais generais, mesmo para os açorianos!
Continuou a sua carreira como governador do campo entrincheirado de Lisboa (1897-1899) e director-geral do serviço de Artilharia.
Como general de divisão comandou a 3.ª Divisão sediada no Porto (1906-1908) passando então à reserva.
Foi agraciado com a Ordem Militar de Avis com os graus de cavaleiro, comendador (1891), grande oficial (1897) e grã-cruz. José Guilherme Reis Leite
Fonte. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), cx. 1171.
Bibl. Costa, A. J. P. (coord.) (2005), Os generais do Exército Português. Lisboa, Biblioteca do Exército, vol. II, tomo II: 333-334.
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