[N. Angra do Heroísmo, 7.11.1882 ? m. Lisboa, 29.11.1967] Ainda que nascido na Terceira viveu desde criança em Ponta Delgada. Assentou praça na arma de Artilharia e foi promovido sucessivamente a capitão, em 1914; major, em 1919; tenente-coronel, em 1927; coronel, em 1931; brigadeiro, em 1941. Passou à reforma, em 1952.
Fez parte do Corpo Expedicionário Português em França, onde comandou uma bataria de artilharia pesada, no sector de Le Touret, a qual foi condecorada com a cruz da Guerra de 1.ª Classe. Foi inspector de material de guerra nos Açores, e no Arsenal do Exército, comandante militar de Angola (1940-1941), encarregado do governo geral de Angola por duas vezes, em 1941 e em 1942, do Regimento de Artilharia da Costa n.º 1 e da Escola Prática de Artilharia e subdirector da arma de Artilharia.
Apoiante desde a primeira hora da Ditadura Militar saída do golpe de 28 de Maio de 1926 foi o primeiro governador civil do Distrito de Ponta Delgada (1 de Julho de 1926 a 26 de Junho de 1928) da nova situação política.
Em Lisboa participou activamente na Sociedade de Geografia, na Sociedade Histórica da Independência de Portugal e na Casa dos Açores, onde desempenhou cargos de direcção nomeadamente presidente da Direcção da Casa dos Açores (1947) e presidente da Assembleia Geral (1956-1965).
Foi Abreu Sottomaior um dos enviados pela Sociedade de Geografia de Lisboa a Ponta Delgada, em 1950, às comemorações do centenário do nascimento de Roberto Ivens.
Recebeu as seguintes condecorações: grande oficial da Ordem Militar de Avis; medalha de mérito da Cruz Vermelha; medalha de ouro de comportamento exemplar; medalha de prata de classe de bons serviços, com palma; medalha da Vitória; medalha comemorativa das Campanhas do Exército Português; «fourragère» da Cruz da Guerra da 1.ª Classe. J. G. Reis Leite
Bibl. Forjaz, J. e Mendes, A. (2007), Genealogias da Terceira. Lisboa, Dislivro, III: 556.