[N. Velas, ilha de São Jorge, 7.8.1864 ? m. ibidem, 14.3.1927] Estudou no Instituto de Agronomia e Veterinária, onde se formou em 1886, apresentando então uma dissertação sobre os lacticínios na região ocidental dos Açores, que é hoje uma boa fonte para o estudo da história da produção de leite e queijo nas ilhas de São Jorge e do Faial. Foi director da Escola Agrícola de Santarém e membro da Comissão Científica do Inquérito Agrícola de 1887. Regressou aos Açores, chefiando a 12.ª Região Agronómica.
Grande proprietário na ilha de São Jorge, investiu na melhoria das pastagens e na indústria dos lacticínios.
Na política, foi elemento destacado do Partido Regenerador, chefiado por seu pai e homónimo, na ilha de São Jorge. Amigo pessoal de João Franco seguiu-o na dissidência, tornando-se numa das figuras principais do franquismo açoriano. Foi eleito deputado pelo círculo de Angra do Heroísmo, em 1895, e pelo círculo uninominal de Velas, em 1900, mas teve acção apagada no parlamento. Entre 29 de Maio de 1906 e 4 de Novembro de 1907, foi governador civil de Angra do Heroísmo, mas não conseguiu manobrar a política franquista no distrito, vindo a ser substituído por Aristides Moreira da *Mota.
Foi agraciado com a carta de conselho e com a Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em 1907. J. G. Reis Leite
Obra. (1887), Os lacticínios na região açoriana ocidental. Dissertação inaugural apresentada ao Conselho Escolar do Instituto de Agronomia e Veterinária. Lisboa, Typ. Mattos Moreira.
Bibl. Mónica, M. F. (coord.) (2006), Dicionário biográfico parlamentar 1834-1910. Lisboa, Assembleia da República, III: 855-856.