[N. Santa Cruz das Flores, 1809 ? m. ?, ?] Jurista. Sem ascendência na ilha das Flores, nasceu nesta quando seu pai José Leandro da Silva e Sousa era ali juiz de fora, e deixou-a com cerca de dois anos de idade.
Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra (1836), foi escrivão da Mesa Grande da Alfândega do Porto e juiz nas comarcas de Lousada e de Oliveira de Azeméis. Foi também procurador régio na Relação do Porto e juiz desta.
Durante a juventude participou na guerra civil ao lado dos cartistas.
Era fidalgo por alvará de D. Pedro IV, de 16 de Julho de 1834, e comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, agraciado em 4 de Agosto de 1860.
Deixou publicado um índice alfabético, anotado, de legislação das alfândegas, algumas traduções e alguns dramas escritos para teatro (D. Duarte de Meneses, D. Mécia, A feiticeira). Luís M. Arruda
Obras: (?), Repertório ou índice alfabético de legislação novíssima das alfândegas do reino, anotado com legislação antiga anterior. Porto, s.e.
Traduções: (1842), A jovem siberiana. Porto, s.e. [tradução de X. de Maistre]. (1843), Connemara ou uma eleição na Irlanda. Porto, s.e. [tradução de Mc. Cowe].
Bibl. Trigueiro, J. A. A. (2004), Florentinos que se distinguiram ? (Contributo histórico). Lajes das Flores, Câmara Municipal das Lajes das Flores.