Governo dos Açores - Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura - Direção Regional da Cultura

Silva Júnior, Emídio Lino da

[N. Angra do Heroísmo, 10.8.1860 ? m. Lisboa, 31.3.1936] Foi aluno do Colégio Militar. Assentou praça como voluntário na arma de Cavalaria a 4 de Outubro de 1877 e foi sucessivamente promovido a alferes, em 1881; tenente, em 1886; capitão, em 1895; major, em 1906; tenente-coronel, em 1910; coronel, em 1912.

Em 1879 terminou o curso da Escola do Exército e depois o de Engenheiro civil (1889), sendo director das Obras Públicas do Funchal e encarregado da fiscalização do molhe da Pontinha (1890), chefe da secção de construção, em Angra do Heroísmo (1891) e presidente da Comissão incumbida da avaliação da propriedade urbana e rural (1893).

Passou a viver em Lisboa, onde foi alto funcionário do Ministério das Obras Públicas a partir de 1893 e comandou os bombeiros municipais da capital.

Foi membro destacado do Partido Regenerador e seu dirigente no distrito de Angra do Heroísmo entre 1896 e 1910. Ocupou o cargo de governador civil desse mesmo distrito, por duas vezes, a primeira entre 24 de Dezembro de 1896 e 4 de Fevereiro de 1897 e a segunda entre 2 de Julho de 1900 e 13 de Fevereiro de 1902, coincidindo esta com a visita régia aos Açores. Nessa ocasião foi agraciado com o título de conde da Nasce Água, que declinou, com a grã-cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e com o título do Conselho.

Foi eleito deputado às Cortes, pelo círculo de Angra do Heroísmo, nas legislaturas de 1904 a 1910 e procurador à Junta Geral pelo círculo da Calheta, em 1901.

Quando seu irmão Jacinto *Cândido da Silva ocupou o cargo de ministro da Marinha (1895-1897) foi seu chefe de gabinete. J. G. Reis Leite

Fonte. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), 3.ª Divisão, 4.ª secção, Livro-Mestre A 22-3, registo n.º 51.

 

Bibl. Forjaz, J. e Mendes, A. (2007), Genealogias da Ilha Terceira. Lisboa, Dislivro, VIII: 717. Leite, J. G. R. (1995), Política e administração nos Açores de 1890 a 1910. O primeiro movimento autonomista. Ponta Delgada, Jornal de Cultura: 52, 168-225. Anexos: 12, 14, 83.