(Luís C. Dias de A.) [N. Pico da Pedra, 8.9.1940] Poeta e escritor. Concluiu o curso complementar de Letras no Liceu de Ponta Delgada, licenciando-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi mobilizado para a Guiné no período da guerra colonial em 1964-67. Leccionou no ensino secundário em 1969-72. Desde 1993 é leitor de língua inglesa na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Conta já, como escritor, uma vasta obra, com projecção nacional, abrangendo ficção (a mais abundante), poesia, ensaio e investigação. J. Almeida Pavão (Mai.1996)
Obras principais: (1965) Mãos Vazias, Coimbra, ed. do autor (poesia); (1977) O Pão da Palavra. Coimbra, Vértice (poesia); Sonetos de Amor Ilhéu (1992). Predominam, como motivos inspiradores de toda a sua obra, temas açorianos, nomeadamente da sua ilha natal (S. Miguel). A sua produção é marcadamente de intervenção, com cariz populista, na defesa dos oprimidos, em especial nos seus romances, cuja linguagem acusa um sabor dialectal e regionalista. Em prosa, salienta-se a trilogia Raiz Comovida, Coimbra, Centelha [a primeira (1978) contemplada com o prémio Ricardo Malheiros, concedido pela Academia das Ciências de Lisboa], refundida num único volume em 1987; Ciclone de Setembro (1985), Lisboa, Caminho; Passageiro em Trânsito (1988) [Ponta Delgada], Signo, com nova edição refundida em 1994; O Braço Tatuado (1990), Ponta Delgada, Signo; Um Grito em Chamas (1995), Lisboa, Salamandra. No plano da ficção, escreveu ainda o livro de contos A Descoberta da Cidade (1982), premiado pela RDP (Açores).
Na investigação, contam-se: Alguns dados sobre a emigração açoriana (1976), Coimbra, Vértice; Emigração e outros Temas Ilhéus (1992), Breve Memória Histórica da Faculdade de Ciências (1972), Universidade de Coimbra. No ensaio biográfico, é autor de Com Paulo Quintela à Mesa das Tertúlias (1986) e tradutor da obra A Riqueza das Nações, II vol., de Adam Smith (1983).
Adenda
[(…) – m. Coimbra, 05/10/2021]. Ranu Costa (2022)