[séc. XVIII] Era filho de António Basto Pereira que foi chanceler da Casa da Suplicação, conselheiro da Fazenda e secretário da rainha D. Maria Ana de Áustria, mulher de D. João V e em paga destes serviços recebeu duas mercês, a da capitania da Praia, na Terceira, e a comenda de Nossa Senhora da Assunção, em Santa Maria, para seu filho Luís António de Basto Baharem.
Luís António, por sua vez, foi capitão de cavalos e casou em 26.9.1730 com D. Violante de Portugal, da família dos condes de Galveias. Foi moço fidalgo com exercício no Paço, alcaide-mor da vila de Linhares e governador do Forte de Santo António da Baía de Cascais, com a patente de coronel.
Ainda que lhe tenha sido passada carta da capitania da Praia, em Lisboa, a 25.9.1715, com as mesmas jurisdições, rendas e privilégios que havia tido Brás de Ornelas da *Câmara, seu antecessor, acabou por receber somente uma renda anual de duas vidas, mas como ao morrer não tinha filho varão, a capitania voltou à Coroa, por sentença de 21.5.1735.
A comenda de Santa Maria, recebeu-a por carta de 8.9.1710. Em 1729 arrendou esta comenda por 400 mil reis e por cinco anos, aos capitães-mores da ilha. A sucessão na comenda, por mercê régia de D. José (alvará de 12.9.1753), passou a sua filha e sucessores, os condes da Lousã, até à extinção em 1862. J. G. Reis Leite (2002)
Bibl. Arquivo dos Açores (1981), Carta de doação da capitania da Praia, Lisboa, 25.9.1715, e de renda, de 3.11.1715. 2ª ed., Ponta Delgada, Universidade dos Açores, VI: 335 e segs. Arruda, M. M. V. (1944), Comenda de Santa Maria da Assunção na Ilha de Santa Maria (Subsídios para a sua História). Insulana, I, 2: 173. Sousa, A. C. (1735-49), História Genealógica da Casa Real Portuguesa. Lisboa, José António Silva, X: 827.