Em 21 de Fevereiro de 1998, numa cerimónia que teve lugar no Museu de Angra do Heroísmo, foi celebrado um acordo entre JOSÉ ORLANDO DE NORONHA DA SILVEIRA BRETÃO e a então designada Casa da Cultura de Angra do Heroísmo, segundo o qual ficava entregue à guarda da Casa da Cultura a colecção de textos, fotografia e gravações vídeo e áudio de Danças de Entrudo, Bailinhos e Comédias do teatro popular da ilha Terceira, resultante de uma recolha efectuada pelo investigador ao longo de trinta anos. Pelo acordo assinado, a Casa da Cultura da Terceira comprometeu-se a proceder à salvaguarda da colecção recebida, facultando-a aos estudiosos da matéria para análise e investigação.
Ao ser criado o Centro de Conhecimento dos Açores, a Colecção José Noronha Bretão - Teatro Popular da Ilha Terceira, transitou para o referido Centro, estando disponível ao público interessado no fenómeno cultural do teatro popular da ilha Terceira
    	Investigador
			JOSÉ  ORLANDO DE NORONHA DA SILVEIRA BRETÃO nasceu em 1939 em Angra do  Heroísmo. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi  dirigente associativo e co-fundador da Real República Corsários das Ilhas.  Membro activo do movimento estudantil, no ano de 1962 esteve detido na  prisão política de Caxias, fazendo parte do grupo de quarenta  universitários presos pela PIDE em Coimbra naquele ano. Advogado em  Angra do Heroísmo, foi consultor Jurídico do movimento sindical desde  Janeiro de 1969 e participou desde então em todas as principais lutas  reivindicativas dos trabalhadores terceirenses, antes e depois de 25 de  Abril. Especialista de Direito do Trabalho, participou em vários  encontros nacionais e regionais sobre Direito Laboral. Foi, nos Açores  e durante vários anos, praticamente o único advogado que se dispôs a  prestar serviço no movimento sindical unitário. Foi co-fundador do  Círculo de Iniciação Teatral da Fanfarra Operária, onde encenou várias  peças de teatro e dirigiu cursos de formação. Sócio efectivo do  Instituto Histórico da Ilha Terceira e do Instituto Açoreano de  Cultura, foi Presidente da Academia Musical da Ilha Terceira, Sócio  Honorário da Sociedade Recreativa Nossa Senhora do Pilar das Cinco  Ribeiras e Sociedade Filarmónica Recreio de Santa Bárbara. Foi  co-fundador das Cooperativas Culturais Unitas e Centelha, em Coimbra, e  da Sextante e Semente, nos Açores. Foi Presidente da Assembleia Geral  do Cine-Clube da Ilha Terceira e das Assembleias Gerais do Teatro  Experimental de Angra O OUTRO TEATRO e da Associação Cultural Oficina  d’Angra. Pintor naïf , está representado em  várias  colecções públicas e particulares. Foi o primeiro Delegado do F.A.O.J.  nos Açores, organismo que viria a dar origem às Casas da Cultura. Em  Fevereiro de 1997 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Municipal de  Prata Dourada, pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.