A Direção Regional da Cultura, através da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, promove o lançamento do livro “Sinais Inquietantes do Nosso Tempo”, da autoria de Carlos Frayão, a decorrer no Auditório da instituição, no dia 28 de maio às 18h15.
A apresentação do livro será realizada por José Decq Mota e Victor Rui Dores, e contará com um momento musical executado pelo grupo "Liberdade em Acordes".
Carlos Frayão nasceu a 14 de junho de 1948, na cidade da Horta, cujo Liceu frequentou, prosseguindo os estudos na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Ali, foi um dos 49 dirigentes e quadros do movimento estudantil que, por terem desempenhado um papel destacado na Crise Académica de Coimbra de 1969, foram compulsivamente incorporados no Exército entre outubro de 1969 e abril de 1970.
Em 1970 foi eleito Presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra. Ingressou, nesse mesmo ano, nas fileiras do Partido Comunista Português (PCP), organização então ilegal e clandestina, tendo sido detido pela PIDE em fevereiro de 1971. Nos interrogatórios, foi sujeito à tortura do sono e esteve encarcerado na Prisão Política de Caxias durante três meses, findos os quais foi libertado mediante o pagamento de uma caução.
Quando, em 25 de Abril de 1974, se deram o levantamento militar, o subsequente levantamento popular e a revolução que derrubaram o fascismo, era aluno do 4.º ano do Curso de Direito e pertencia ao Comité Local de Coimbra do PCP, organismo que dirigia, na clandestinidade, a atividade do partido naquela cidade. Interrompeu, então, o seu curso, para se dedicar, a tempo inteiro, ao trabalho político, no âmbito do qual integrou, ao longo de 18 anos, diversos organismos de direção partidária. Em dezembro de 2012 regressou ao Faial, onde, desde então, vive e se mantém cívica e politicamente ativo.