DA HISTÓRIA DOS DIAS
DIÁRIOS DE AMOR DE MARIA DO LIVRAMENTO E DE CÂNDIDO FORJAZ: UM [OUTRO] PATRIMÓNIO
Cláudia Faria / Graça Alves
Fazendo uso das ferramentas da História Oral, das Histórias de Vida e das escritas do Eu, no âmbito do projeto “Memória das Gentes que fazem a História”, desenvolvido no CEHA, entre 2012 e 2019, coordenado pelo Doutor Alberto Vieira, foi analisada a correspondência de dois jovens açorianos – Cândido Pamplona Forjaz e Maria do Livramento Mesquita Abreu – entre 1924-1933. São cartas-diários que circulavam nos vapores que ligavam Angra do Heroísmo a Lisboa, onde Cândido estudava Filologia Românica. Por elas circulavam sonhos, projetos, angústias; por elas, circulava a vida, o quotidiano, a revolta de 1931 e as vivências da Ilha Terceira – as receções, touradas, os carnavais, as festas, as procissões - abrindo deste modo, uma janela para a forma como se passavam os dias, nos anos 20 e 30 do século XX.
Convidamos todos os interessados para esta conferência, que está programada para o dia 17 de abril, às 18h00, no auditório da BPARLSR.
Notas Biográficas
Cláudia Maria Ferreira Faria, natural de Santa Luzia, Funchal, mestre em Cultura e Literatura Moderna, tendo defendido a tese intitulada Phelps: percursos de uma família britânica na Madeira de oitocentos. Esteve destacada no CEHA- Centro de Estudos de História do Atlântico entre 2010 e 2019. Assumiu a direção da Revista Islenha entre 2020 e 2023. Tem várias publicações e escreve assiduamente artigos para revistas nacionais e internacionais nas áreas da literatura de viagem, escritas do eu; diarística, histórias de vida e arquivos privados e familiares. Atualmente é coordenadora do Gabinete da Cultura no Município do Porto Santo
Graça Maria Nóbrega Alves nasceu no Funchal, onde reside. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa. Foi professora, desenvolveu projetos ligados à Literatura, aos Estudos insulares e às Histórias de Vida, no Centro de Estudos de História do Atlântico, entre 2010 e 2019. Foi Diretora de Serviços de Museus e Centros Culturais, da Direção Regional de cultura da Madeira até 2023. É diretora do Museu de Arte Sacra do Funchal. Foi vencedora de alguns prémios literários e é autora de várias obras, coautora de alguns ensaios sobre literatura, memórias, estudos insulares e histórias de vida, escreveu contos para várias coletâneas, tem artigos publicados em jornais e revistas nacionais e estrangeiras e mantém uma crónica num jornal madeirense.