A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada promove mais uma sessão do Clube de Leitura BPARPD, a ter lugar no próximo dia 26 de fevereiro, às 18h00 na Sala Mundo.
Partindo da obra “Caderno de Memórias Coloniais” de autoria de Isabela Figueiredo, os participantes são incentivados a refletir, dialogar e confrontar visões sobre a obra, a temática e a autora. A moderação da sessão ficará a cargo de Inês Linhares Dias, que fez a seleção do livro. Isabela Figueiredo fará uma participação especial, via Zoom, no final da sessão.
Lançada em 2009, a obra “Caderno de memórias coloniais” foi um sucesso de vendas pela forma aberta com que retrata o colonialismo português, ao abordar questões até então ignoradas como a exclusão do povo local, o racismo e o trabalho mal remunerado. O enredo expõe a luta entre pai e filha, em Lourenço Marques, hoje Maputo, no fim do Império Colonialista Português.
Isabela Figueiredo nasceu em Lourenço Marques a 1 de janeiro de 1963. Após a independência de Moçambique, muda-se para Portugal em 1976. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Especializou-se em Estudos sobre as Mulheres na Universidade Aberta.
Ao longo da sua carreira exerceu funções enquanto jornalista e professora do ensino secundário.
Autora das obras Conto É Como Quem Diz (1988), Caderno de Memórias Coloniais (2009), A Gorda (2016); Um Cão no Meio do Caminho (2022).
Inês Linhares Dias é jornalista da Antena 1, desde abril de 2023, e foi, durante quatro anos, jornalista da Agência Lusa, nos Açores e no Porto. Colaborou também com o Diário da Lagoa.
Foi gestora de comunicação da 2ª fase da candidatura de Ponta Delgada - Azores 2027 a Capital Europeia da Cultura.
O Clube de Leitura é um projeto coletivo onde a conquista da voz diante da literatura é um dos mais revigorantes resultados da experiência que utiliza a língua portuguesa como passaporte para uma integração plena. Os objetivos deste clube são os já definidos por outras comunidades de leitores em diversos países:
(1) promover a democratização do acesso à leitura; (2) contribuir para a formação de um público leitor, crítico e criativo; (3) incentivar o debate, interação e a socialização do conhecimento; (4) formar mediadores de leitura e autonomizar os clubes após um período de incubação (de duração variável, a depender da dinâmica do grupo); (5) ampliar o tempo de leitura e o repertório dos participantes, além de incentivar o desenvolvimento do prazer pela experiência de leitura.