Os Açores estão onde estiver um açoriano. E são muito mais os açorianos de sangue do que os açorianos de residência. Somos menos de 250 mil habitantes nas nove ilhas, mas seremos porventura dois milhões de açorianos e açordescendentes, de sucessivas gerações, nas diferentes comunidades da diáspora açoriana, incluindo quatro séculos de presença no Brasil. Por isso, o Governo dos Açores sempre teve, e não podia deixar de ter, um departamento próprio na sua estrutura orgânica especialmente vocacionado para manter e desenvolver a relação das nossas ilhas com a nossa diáspora. Numa primeira fase, de 1976 a 1996, o Gabinete de Emigração e Apoio às Comunidades Açorianas, sempre dirigido por Duarte Mendes. Numa segunda fase, desde há 25 anos, a Direção Regional das Comunidades, sucessivamente dirigida por Alzira Silva, Rita Dias, Graça Castanho, Paulo Teves e José Andrade.
A Direção Regional das Comunidades relaciona-se com as comunidades açorianas, designadamente, através das Casas dos Açores e dos Conselheiros da Diáspora Açoriana. As Casas dos Açores são as casas da saudade, as embaixadas da diáspora, os santuários da açorianidade. Elas são a marca dos Açores nas comunidades e a montra da comunidade nas sociedades. Estão articuladas pelo Conselho Mundial das Casas dos Açores, desde 1997. Em 2019, é criado o Conselho da Diáspora Açoriana, com membros eleitos pelas próprias comunidades, que fica formalmente instituído a 10 de junho de 2021.