O Museu Carlos Machado inaugura dia 5 de abril, pelas 18h30, no Núcleo de Arte Sacra, na antiga Igreja do Colégio, a exposição «A (im) possibilidade de uma ilha» com curadoria de Vítor Teves e museografia de Joël Fernandes.
Toda a exposição parte da leitura do romance de Michel Houellebecq intitulado A possibilidade de uma ilha (2005) e procura criar um diálogo entre algumas peças do museu com algumas obras de artistas contemporâneos. O diálogo e a dualidade são essenciais para a compreensão de toda a exposição, que assenta na ideia base de que é urgente o confronto entre estéticas opostas como possibilidade para a pluralidade e diversidade visual e de pensamento, em oposição à progressiva uniformização das artes e letras noutros espaços e contextos
“É no jogo/confronto entre possibilidades e impossibilidades entre objetos diferentes que se poderá sedimentar toda a verdadeira reflexão e conhecimento sobre o fenómeno artístico. O observador nesta exposição tanto é convidado a ler um poema como a ouvir e a ver trechos de cinema ou ópera, é ele a verdadeira peça principal - aquele que detém a capacidade de livremente criar as suas próprias constelações/mapas/atlas mental. Este é um convite à vertigem e, por sua vez, à natureza da verdade das Formas. Um jogo entre Ilha e Mundo, entre Figuração e Abstração, entre Música e Silêncio, entre Arte e Literatura”.
Vítor Teves (Curador)
A exposição ficará patente de 5 de abril a 3 de julho, no Núcleo de Arte Sacra, antiga Igreja do Colégio e poderá ser visitada de terça-feira a domingo entre as 10h e as 17h30.
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CURADORIA:
VÍTOR TEVES (n. 1983) – Nasceu em Ponta Delgada em 1983. É licenciado em História de Arte pela Universidade do Porto e possui pós-graduação em Estudos Literários, Culturais e Interartes pela mesma universidade. É artista plástico e poeta. Enquanto poeta publicou Dentes tortos (2017), Cabra bem Cabra (2018), Lamarim (2019), Ninurta, Seguido de Apêndice Branca (2021). Foi em 2021 o sétimo vencedor do Prémio de Escrita da MiratecArts com o livro Arpoeiro (2021). Encontra-se representado em várias antologias e sítios de poesia, sendo de destacar a antologia da Universidade do Porto organizada por Isabel Morujão – 110 anos, 110 poetas. Enquanto artista plástico destaca-se as suas participações com a Galeria Monumental em Lisboa. Além de participar com o jornal Atlântico Expresso, prepara novo livro de poesia - Ócritus e As coisas importantes (2022) - e uma nova exposição na Casa da Cultura Carlos César, Lagoa (2023).
MUSEOGRAFIA:
JOËL FERNANDES (n. 1985) – É um arquiteto português com naturalidade suíça. Formado pela Universidade Lusíada de Lisboa, trabalhou com o arquiteto em Genève e em São Luís do Maranhão (Brasil) tendo colaborado em projetos de concurso e remodelação de espaços residenciais e comerciais. Regressa a Lisboa, em 2015, e participa em projetos de expansão turística para uma rede de hostels. Decide ir viver para São Miguel em 2017 onde começa a desenvolver trabalhos nas áreas de arquitetura, fotografia e design gráfico.