A Direção Regional dos Assuntos Culturais em parceria com a RTP Açores, promove o Concerto “Música, Mar e Flores”, que contará com a participação da Filarmónica União Operária e Cultural de N.ª Sr.ª dos Remédios, os Coros da Ilha das Flores, o Barítono José Corvelo, e José Carneiro na Viola da Terra, entre outros artistas, no próximo dia 1 de outubro, pelas 20h30, na RTP Açores, no âmbito da Temporada Cultural 2022.
Os coros da ilha das flores interpretarão conjuntamente com o barítono José Corvelo, e acompanhados pela Filarmónica, pelo violinista Jacinto Neves e José Carneiro na viola da terra, os temas Chamateia, Torna a Surriento e Santa Lucia.
São convidados deste concerto Helder Bettencourt, clarinetista, maestro e compositor da ilha do Pico, e na tuba, Francisco Santos, natural da ilha Terceira.
Programa
1. Viagem ao Mar (de Helder Bettencourt)
2. A viagem de Diogo Teive (de Francisco Santos)
3. Génese (de Evandro Meneses)
4. Insula Florum (de Helder Bettencourt)
5. Fajãzinha (de Francisco Santos)
6. Torna a Surriento (de Ernesto de Curtis com arranjos de Helder Bettencourt)
7. Santa Lucia (de Teodoro Cottrau com arranjos de Helder Bettencourt)
8. Chamateia (de Luís Alberto Bettencourt com arranjos de Helder Bettencourt)
A Viagem ao Mar, de Hélder Bettencourt, dá início a este espetáculo. Onde uma criança entra no oceano e descobre que consegue falar com todas as criaturas que lá habitam e com elas entra em aventuras e novas descobertas.
Viagem de Diogo Teive, que em 1452 realizou duas viagens de exploração dos mares a oeste dos Açores, tendo este, juntamente com o seu filho João de Teive, descoberto a Ilha das Flores e do Corvo no regresso da sua segunda viagem. Esta obra vem levar-nos a navegar conjuntamente com Diogo Teive e os seus marinheiros, através de sonoridades descritivas e impactantes que nos transmitem a aventura, o mistério e a grandiosidade dos monumentos naturais encontrados nestas ilhas e na viagem até a sua descoberta. A obra inicia envolta em grandes mistérios oceânicos e das brumas que tanto caracterizam o Arquipélago dos Açores. Ao levantar âncora, podemos ouvir a temática da aventura e o ranger do casco a rasgar nas ondas. Por fim a chegada, o momento glorioso da nova descoberta, o auge de quem chega a uma terra nova que recebe o seu descobridor com a enorme beleza que tanto a representa. Trata-se de uma obra que pretende assinalar os 570 anos da descoberta da Ilha das Flores e do Corvo.
Em Gênese, de Evandro Meseses, é feita uma homenagem às origens da Filarmónica fundada em 1953, bem como às suas raízes. No desenvolver da peça, passaremos por momentos calmos, serenos, triunfais e dançantes, relembrando todos os altos e baixos que o grupo nas suas diferentes gerações registou. Como forma de incentivo e sucesso deste coletivo, a composição finaliza com um clímax majestoso.
Em Insula Florum, a obra trata as adversidades, os contratempos, os obstáculos e dificuldades que surgem na nossa vida e nos afastam do nosso rumo e dos nossos sonhos, são provas de vida, mas ao mesmo tempo simbolizam a força de um povo e a superação das pessoas! É um verdadeiro desafio erguer a cabeça e ultrapassar cada problema que aparece, caminhando em passos seguros, com os bolsos cheios de fé e esperança e nos ombros o peso de reconquista!”.
O programa termina com Fajãzinha, marcha de Francisco Santos. A composição procura marcar a contemporaneidade, a música executada de forma simples, descontraída, nomeando um lugar que serve de sede à banda filarmónica que aqui se apresenta, mas que é, simultaneamente, vivência de som e melodia.