Henning von Gierke é um pintor alemão, cenógrafo, designer de produção e diretor de arte. Colaborou com o realizador Werner Herzog em vários projetos e com outros diretores de cinema, teatro e ópera. Gierke é mais notável como pintor. Realizou cerca de cinquenta exposições individuais e participações em Feiras de Arte, na Europa, EUA e Japão desde 1970.
O “realismo encenado” de Gierke, a suas imagens, a coloração subtil e seu conteúdo ocidental mitológico, fazem deste pintor um representante da pintura realista do século XXI. O “novo” Realismo insistia na imitação precisa de perceções visuais sem alteração. A temática também é diferente, os artistas limitam-se aos fatos do mundo moderno à medida que os experimentam pessoalmente; somente o que podem ver ou tocar é considerado real. Deuses, deusas e heróis da antiguidade estavam “fora”. Camponeses e a classe trabalhadora urbana estavam “dentro”. Em tudo, de cor ao tema, o Realismo trazia para a arte uma sensação de sobriedade silenciosa.
Gierke colaborou com Werner Herzog em sete filmes e várias óperas. Foi designer de produção durante o Enigma de Kaspar Hauser, Nosferatu the Vampyre e Fitzcarraldo. Como decorador de cenários, trabalhou em Heart of Glass e Woyzeck, como cenógrafo em óperas: Lohengrin e Joana d'Arc e como figurinista no filme A transformação do mundo em música. Gierke tirou outras fotografias do set de Stroszek. Ele apareceu duas vezes no filme de Herzog, A transformação do mundo em música, como ele mesmo, e na realização da ópera Joana d'Arc.
Von Gierke ganhou o Film Award em ouro por O enigma de Kaspar Hauser durante o German Film Awards e o Silver Bear por uma conquista extraordinária de Nosferatu, no 29º Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2010.