A Secretaria Regional da Educação e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, promove, na próxima sexta-feira, 19 de agosto, Dia Internacional da Fotografia, pelas 17h30, na sala de exposições do Palácio dos Capitães Generais, a sessão de entrega do Prémio de Fotografia “Christinano Júnior” e de inauguração da exposição com todas as obras participantes na competição.
O Prémio de Fotografia “Christinano Júnior”, atribuído a Sandra Rocha, a Pedro Miguel Lopes Vaz de Carvalho e a Fernando Gil Pereira Resendes, e ainda com duas menções honrosas concedidas a Marcelo Filipe Tavares Borges e a André Mancebo Pimentel, foi instituído pela Resolução do Conselho de Governo n.º 145/2015, de 16 de Setembro com o objetivo de galardoar, a cada biénio, nos anos ímpares, os fotógrafos regionais e valorizar a atividade cultural regional no domínio da imagem fotográfica.
O júri da primeira edição deste Prémio, constituído por Luís Manuel Machado Menezes, membro do Conselho Regional de Cultura, bem como por António Carlos da Silva Araújo e José Manuel Rodrigues, ambos fotógrafos convidados, avaliaram 113 trabalhos nas categorias de “Fotografia Geral com Temática Livre”, “Fotografia de Paisagem Natural e Humanizada” e “Retrato com Fotografia de Pessoas”.
Após o término/a par da exposição, patente até dia 30 de setembro, será lançado um catálogo digital da exposição que poderá ser consultado no portal Cultura Açores, em www.culturacores.azores.gov.pt.
O patrono do Prémio, José Christiano de Freitas Henrique Júnior, foi um açoriano, nascido e criado nos Açores, que no Brasil e na Argentina se distinguiu na fotografia, na segunda metade do século XIX, período de pioneirismo e afirmação dessa arte.
Ao longo da sua carreira dominou as várias técnicas fotográficas então conhecidas e deu ao seu trabalho um caráter pictórico singular, onde predomina a preocupação com a estrutura cénica e a composição. Para além de pioneiro da fotografia etnográfica e social, foi igualmente precursor da fotografia científica.
A sua obra denota uma forte preocupação histórica e cultural, que o destaca dos restantes fotógrafos da época, constituindo um importante acervo documental para o conhecimento do Brasil e da Argentina do seu tempo, que deixou retratada em exposições e álbuns como Vistas y Costumbres de la Republica Argentina, Galeria Biografica Argentina e Vistas y Costumbres de la Província de Buenos Aires, tornando-se numa referência incontornável para a reflexão sobre a História social da América Latina.
O destaque da sua obra levou-o a marcar presença em importantes eventos da época, como a Exposição Internacional do Porto em 1865, que marcou a inauguração do Palácio de Cristal, e a Exposição Universal de Paris em 1878.