[N. Leiria, 1787 ? m. Angra, ?] Estudou gramática latina e francês e fez o curso de Matemática e Fortificações nas Reais Academias de Lisboa. Assentou praça em Artilharia, sendo 2.º tenente no Regimento de Artilharia 1 em 1807 e 1.º tenente em 1812. Foi sucessivamente promovido a capitão, para Artilharia 4, em 1817; major do corpo de Artilharia da Divisão Auxiliadora, em 1818, e tenente-coronel, em 1820. Em 1822 passou ao Regimento de Artilharia 4 para em 1827 ser promovido a coronel comandante do Regimento de Artilharia 3, em Elvas.
Distinguiu-se nas guerras peninsulares como 2.º e 1.º tenente e como capitão serviu no Rio de Janeiro entre 1817 e 1822.
Foi destacado para a expedição miguelistas da ilha Terceira em 15 de Junho de 1829 e nomeado comandante da artilharia expedicionária. Quando o capitão general Henrique Sousa Prego decidiu fazer regressar a maior parte das tropas expedicionárias ao continente, depois da derrota da Praia, Silva Reis foi dos que ficou como comandante dos 720 militares destinados a S. Miguel, sendo então encarregado da fortificação e defesa da ilha. Foi ele que comandou as tropas miguelistas derrotadas na Ladeira Velha, que procuravam evitar a progressão do conde de Vila Flor. Com a conquista da ilha de S. Miguel pelos liberais em Agosto de 1831, Silva Reis foi preso e julgado, sendo condenado a 4 anos de prisão. Morreu assassinado em Angra quando cumpria a pena.
Era miguelista convicto e por isso recebeu a medalha da Fidelidade ao Rei (D. João VI) e a medalha da Real Efígie (D. Miguel). J. G. Reis Leite
Fontes. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), cxs. 148 e 1995.
Bibl. Drumond, F. F. (1981), Capitães Generais. 2.ª ed., Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada: 329 [nota 2]. Sampaio, A. S. (1904), Memória sobre a ilha Terceira. Angra do Heroísmo, Imp. Municipal: 762. Supico, F. M. (1995), Escavações. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada, I: 11, 31.