[N. Chaves, 1803 ? m. ?, 1882] Assentou praça como voluntário em Cavalaria 1, em 1817. Participou nas campanhas de Montevideu (1822-1823) e de Pernambuco (1824), sendo promovido a alferes em 1824 para o batalhão de Caçadores do Rio de Janeiro e tenente do mesmo batalhão em 1832. Passou então para o Exército de Portugal, arma de infantaria, para Caçadores 5, nesse ano e foi sucessivamente promovido a capitão, em 1834; major, em 1847; tenente-coronel, em 1851; coronel, em 1861 e general de brigada, em 1869, sendo reformado em 7.7.1881. Recebeu a honra de conselheiro, por decreto de 2.7.1862.
Fez parte do Exército Libertador por decreto de 24.4.1834, e esteve no cerco do Porto, sendo nomeado em comissão governador da ilha de Santa Maria, em 1837, aí permaneceu até 1840.
Em 1851 foi colocado e comandou o Batalhão de Caçadores 1, no Funchal, distinguindo-se na luta à colera morbus e por isso elogiado pelos governadores civis e militar da ilha da Madeira.
Ficou ferido na revolta de Braga de 1862, quando comandava o Regimento de Infantaria 6.
Nomeado chefe do Estado Maior da 10.a Divisão, nos Açores, por decreto de 14.1.1865, comandou a subdivisão militar de Ponta Delgada, 27.8.1866, e a subdivisão militar da Horta, 8.10.1866, sendo encarregado do comando da 10.a Divisão (em Abril de 1868) que comandou por 10 meses, voltando à subdivisão da Horta (decreto de 10.7.1869). Promovido a general de brigada, foi nomeado comandante da 5.a Divisão Militar, entretanto criada nos Açores, pelo decreto de 4.11.1868, em substituição da 10.a. Chegou a Angra a 20.10.1870 e permaneceu no comando até 27.8.1877.
Regressado ao continente comandou a 2.a Divisão, em Viseu e em 1879 passou, por nomeação a inspector dos Batalhões de Caçadores e Regimentos de Infantaria, até à reforma por doença.
Ao longo da carreira recebeu como condecorações o grau de comendador das Ordens de Torre e Espada, de Avis, de Cristo e Nossa Senhora de Vila Viçosa, as medalhas de ouro de valor militar e comportamento exemplar e prata de bons serviços. Teve a medalha brasileira de Pernambuco e a medalha de D. Pedro e D. Maria número 3. J. G. Reis Leite
Bibl. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), cx. 920.