Introduzido nos Açores em meados do século XIX, a cultura do ananás ganha protagonismo como fonte de rendimento substituta, após a crise da laranja, alcançando rapidamente o estatuto de principal produto de exportação da ilha de São Miguel no virar do século XX.
Registado o DOP (Denominação de origem protegida) em 1996, o ananás de São Miguel continua a ser um dos produtos agroindustriais das ilhas açorianas mais exportados para mercados nacionais e internacionais.
A rubrica deste mês mostra a longevidade dessa atividade por uma empresa à qual não a associaríamos se não conhecêssemos a sua história: trata-se da etiqueta de uma caixa para exportação de ananás da Sociedade Corretora[1].
Fundada sob a designação de Sociedade Corretora de Ananases, a 22 de agosto de 1913, passou, mais tarde, a ser denominada Sociedade Corretora, Limitada (alterações de 1917 e 1919)[2]. O seu objetivo inicial foi precisamente a comercialização e exportação de ananás para a Europa, além de uma destacada atividade bancária. Posteriormente, é alargada a sua área de atividade para a produção e exportação de conservas, exploração de uma frota pesqueira e de transporte de mercadorias, além do fabrico e distribuição de outros produtos.
[2] Descrição do fundo arquivístico disponível em https://arquivos.azores.gov.pt/details?id=1182299.
Coordenação Texto Design Divulgação
Jorge Frazão de Mello-Manoel Lia Gomes Anabela Carvalho Cabral Anabela Carvalho Cabral
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