Maria Brandão estreia-se na vida literária com o livro de contos Corpo Triplicado. A obra (edição da Companhia das Ilhas) será lançada na Galeria Bar Arco 8, em Ponta Delgada, Sexta-Feira 25, às 21h30, e será apresentada por João Nuno Almeida e Sousa.
Corpo Triplicado é um conjunto de ficções curtas dedicadas a personagens singulares: um vendedor de bíblias, uma ninfomaníaca literata, um mirone de balcão de bar, uma executiva com tensão pré-menstrual, um individualista na andropausa, um sedutor míope, uma freira perdida em Amesterdão. Personagens solitárias, desconcertantes, delirantes, encerradas num mundo descrente na humanidade, que decorre da observação de um episódio, um padrão comportamental, um parágrafo literário, uma música, uma fotografia. Tédio, desamor, solidão, decadência, desejo, sexo, morte são alguns dos ingredientes servidos a seco, sem ingenuidade, numa linguagem dura, mas elegante, com um ritmo rápido e um humor mordaz.
Maria Brandão nasceu em Ponta Delgada. Atravessou a adolescência agarrada aos clássicos, ao Geoatlas e às Selecções do Reader's Digest. Sobreviveu aos anos 80, licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, pós-graduou-se em Assessoria Linguística e Tradução e trabalhou em comunicação e imagem. Escreve, lê, cozinha, viaja e ouve metal. Venera Pessoa, Houellebecq e Kurt Cobain.