No primeiro Grémio das Nove de 2018, que decorrerá sexta-feira, 19 de janeiro, pelas 21h00, Jorge Forjaz aborda o mais recente livro de Assunção Melo Verdade, Justiça e Misericórdia – Memória Histórica da Arquitetura de Catástrofe da Praia da Vitória, onde se analisa a Arquitetura de Catástrofe. Uma arquitetura que pode ser vista de dois ângulos. Por um lado, a que resistiu, total ou parcialmente, a catástrofes naturais - sismos, incêndios, vulcões (por exemplo, o farol dos Capelinhos no Faial), vandalismo, etc. Por outro lado, a que nasce, qual fénix, da própria catástrofe, da resiliência e da força, como a Arquitetura do “Ramo Grande”.
Reflete-se, pois, sobre obras e monumentos, reconstruções e técnicas, épocas diferentes e um anseio comum. Aborda-se o papel de José Silvestre Ribeiro e o trabalho que foi levado a cabo após o sismo de 1980. E arrisca-se um conceito novo, não contido nos compêndios da História da Arte, que a autora classifica de feliz, o de Arquitetura de Catástrofe. Um conceito que resultou de uma investigação apurada e que, segundo Assunção Melo, vem colmatar a necessidade de definir, mais do que uma tipologia, um século, um estilo, um modo de resistir e de confluir na necessidade imperiosa de saber renascer a cada momento, sempre que a ingratidão da natureza se nos opuser.
Assunção Gil Correia de Melo nasceu em Angra do Heroísmo em 1974. Licenciada em História da Arte, Pós Graduada em História da Arte Contemporânea, (Universidade Nova de Lisboa) doutoranda de História da Arte Contemporânea (Universidade de Évora). Formada em Psicologia da Arte pelo Instituto CRIAP. É convidada para palestras e comunicações relacionadas com a sua atividade profissional. É autora de vários livros, folhetos e artigos relacionados com a história da arte e do património Açoriano. Atualmente trabalha no Museu de Angra do Heroísmo e é professora convidada da Universidade dos Açores.
Jorge Forjaz licenciado em História, renomado genealogista, coautor das consagradas Genealogias da Ilha Terceira e autor de Genealogias das quatro ilhas; Famílias macaenses; As famílias de Moçambique; Correspondência para o Dr. Eduardo Abreu; O solar de Nossa Senhora dos Remédios; Os Monjardinos; Os Teixeira de Sampaio da ilha Terceira; Os luso-descendentes da Índia portuguesa; O meu livro dos Pereira Forjaz; Tombo heráldico dos Açores. Antigo técnico superior da Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Angra do Heroísmo, foi, entre 1977 – 1984, diretor regional dos Assuntos Culturais e de 1984 – 1988, diretor do Museu de Angra do Heroísmo. Foi distinguido com a Ordem do Infante D. Henrique, no grau de grande oficial.